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franqueado e franqueador

Franqueado: o que é, vantagens, papéis, direitos e deveres

Se você está considerando investir em uma franquia, provavelmente já ouviu o termo franqueado. Por isso, vamos explicar de forma detalhada o que significa ser franqueado, quais são as vantagens desse modelo, como se dividem as responsabilidades entre franqueador e franqueado, quais são os direitos e deveres do franqueado e, por fim, os principais fatores que todo futuro franqueado deve avaliar antes de ingressar nessa jornada.

O que é um franqueado?

No universo de franquias, temos dois papéis centrais: de um lado o franqueador — a empresa que criou o modelo de negócio, marca, padronizações, e que concede a licença de uso da marca a terceiros; do outro, o franqueado — a pessoa (ou empresa) que adquire dessa licença para operar uma unidade da franquia.

Em termos práticos, o franqueado investe capital, assume a operação da unidade (ou unidades) da marca, e segue os manuais, padrões e diretrizes definidos pelo franqueador. Em troca, ele usufrui de uma marca já testada, um modelo de negócio estruturado e o suporte da franqueadora.

É importante entender que o franqueado não está criando uma marca do zero: ele está, de forma colaborativa, atuando como parceiro do franqueador. Por isso, a relação de franquia exige alinhamento, transparência e comprometimento de ambas as partes.

No Brasil, o setor de franquias segue em crescimento — para se ter uma ideia: em 2024 o mercado de franquias faturou cerca de R$ 273,08 bilhões, com crescimento nominal de 13,5% em relação a 2023. Já no 1º trimestre de 2025, o faturamento alcançou R$ 65,967 bilhões, alta de 8,9% sobre o mesmo período de 2024.

Esses dados ajudam a demonstrar o potencial desse modelo para quem considera tornar-se franqueado.

Leia também: 3 vantagens e 3 desvantagens de ser um franqueado

Vantagens de ser um franqueado

Ser franqueado oferece várias vantagens que tornam essa alternativa atraente para empreendedores que buscam investir com maior segurança ou estrutura. A seguir, descrevo os principais benefícios:

Marca reconhecida e modelo validado

Ao adquirir uma franquia, o franqueado entra com um modelo de negócio já testado e validado pelo franqueador. Isso reduz o risco típico de um negócio independente e oferece vantagem mercadológica com uma marca que já pode ter reconhecimento junto ao público.

Suporte operacional, treinamento e padronização

Franqueadores normalmente fornecem manuais operacionais, treinamento para o franqueado e seus colaboradores, suporte em marketing e compras, além da padronização de processos. Essas ferramentas apoiam o franqueado na abertura e na operação da unidade.

Acesso a poder de compra e economia de escala

Por pertencer a uma rede, o franqueado se beneficia de poder de negociação coletiva (compra de insumos, marketing, contratos de fornecedores) que dificilmente um empreendedor individual conseguiria sozinho.

Maior probabilidade de sucesso

Por conta da estrutura e do suporte, o risco de falha — embora não eliminado — costuma ser menor que para negócios completamente independentes. A existência de estudos de mercado, benchmarking e experiência da franqueadora ajudam nessa mitigação.

Crescimento com replicação

Para quem quer investir e escalar, existe a possibilidade de adquirir mais de uma unidade, ou até mesmo atuar como multi-unidade ou master franqueado. Isso permite multiplicar o investimento inicial e o retorno ao longo do tempo.

Aproveitamento de tendências de mercado

Como vimos, o setor de franquias no Brasil está em expansão — em 2024, faturou R$ 273 bi e projeta crescimento de 8% a 10% para 2025. Além disso, segmentos como saúde, beleza e bem-estar (crescimento de 16,5% em 2024) estão em destaque. Isso significa que o momento para ingressar no modelo de franquias é propício.

Menor curva de amadurecimento

Uma franquia bem estruturada reduz o tempo de maturação do negócio porque o franqueado ingressa em um sistema que já passou pela fase “teste”. Ao invés de gastar meses ou anos descobrindo todos os processos, muitos estão definidos.

Papel do franqueador x franqueado nas redes de franquias

Para que a operação de uma franquia funcione bem, é fundamental que haja clareza nas responsabilidades de cada parte: o franqueador e o franqueado:

Papel do franqueador

  • Desenvolver e manter a marca, incluindo identidade visual, reputação, e posicionamento.
  • Criar, disponibilizar e revisar os manuais operacionais (manual do franqueado, operacional, marketing etc.).
  • Oferecer treinamento inicial para o franqueado (e às vezes para a equipe), além de reciclagem ou suporte permanente.
  • Apoiar o franqueado nas etapas de implantação (escolha de ponto, layout, fornecedores, logística, mobiliário…) e, dependendo da rede, acompanhar a execução.
  • Gerenciar a padronização da rede para assegurar que as unidades entreguem a experiência e a qualidade esperadas pela marca.
  • Fornecer suporte contínuo, que pode abarcar marketing nacional/regional, compras centralizadas, treinamentos, consultoria de campo, tecnologia, sistema de gestão.
  • Realizar controle de qualidade da rede, auditorias, ajustes de padrão conforme necessidades, inovação de produto/serviço.
  • Negociar com grandes fornecedores, investir em marketing de marca, manter a rede competitiva.

Papel do franqueado

  • Investir o capital inicial exigido pela franquia (taxa de franquia, instalação, estoque, capital de giro) e arcar com os custos operacionais da unidade.
  • Seguir os padrões e diretrizes definidos pelo franqueador: identidade visual, layout, atendimento, produtos/serviços, processos.
  • Gerenciar o dia a dia da unidade: contratação e treinamento da equipe local, operação, controle de estoque, vendas, atendimento ao cliente, marketing local.
  • Cumprir com as obrigações contratuais: pagamento de royalties, taxa de publicidade, participação nas compras ou fornecedores definidos, relatórios operacionais, participação em programas da rede.
  • Fornecer feedback ao franqueador e colaborar para a melhoria da rede, fornecendo informações de mercado local, métricas, sugestões ou demandas.
  • Zelar pela imagem da marca no seu território: cumprir padrões, garantir qualidade, manter a reputação da rede.

Sinergia entre franqueador e franqueado

Uma franquia de sucesso é aquela que estabelece uma relação de parceria: o franqueador oferece estrutura e suporte, e o franqueado garante execução e comprometimento. Quando ambos os lados atuam de forma alinhada, as chances de crescimento e rentabilidade aumentam. Por outro lado, desalinhamentos (como falta de suporte, ou franqueado que segue pouco os padrões) podem gerar queda de desempenho ou até prejuízo.

Direitos e deveres do franqueado

Ao se tornar um franqueado, é vital conhecer os direitos e deveres que serão regulados no contrato de franquia. A seguir, requisitamos os mais comuns.

Direitos do franqueado

  • Usar a marca e os direitos de propriedade intelectual do franqueador (nome, logotipo, identidade visual) conforme as regras da rede.
  • Receber o suporte especificado no contrato: treinamento, implantação, manuais, consultoria, materiais de marketing.
  • Participar da rede de franqueados: ter acesso a fóruns, eventos, encontros da rede, onde pode trocar informações, benchmarking, boas práticas.
  • Acesso a compras centralizadas e fornecedores homologados da rede, se este for o modelo, o que pode gerar vantagem competitiva.
  • Ter acesso a informações periódicas de desempenho da rede, suporte técnico ou operacional, dependendo do contrato.
  • Possibilidade — em algumas redes — de renovação do contrato, expansão de unidades (se autorizado), ou até franquias master se o perfil assim permitir.

Deveres do franqueado

  • Pagar a taxa de franquia, bem como royalties e/ou taxa de publicidade conforme estipulado no contrato.
  • Cumprir os padrões de operação, layout, identidade, qualidade de atendimento, produtos/serviços, conforme previsto nos manuais.
  • Seguir os fornecedores homologados ou o sistema de compras da rede, se exigido.
  • Fornecer relatórios operacionais (vendas, indicadores, estoque etc.) ao franqueador, conforme contrato.
  • Manter a unidade em funcionamento com qualidade, reputação e conforme as diretrizes da marca, zelando pela imagem do negócio.
  • Obedecer às regras de exclusividade territorial (se previstas), contrato de não concorrência, e, ao fim do contrato, devolver as instalações, sinais ou materiais conforme exigido.
  • Em caso de renovação ou encerramento, cumprir prazos, obrigações de comunicação, e pagar multas ou penalidades previstas em contrato caso haja descumprimento.

Aspectos contratuais que merecem atenção

  • Prazo de contrato: quantos anos a franquia está vigente e quais são as condições de renovação?
  • Taxa de franquia, valor de instalação, capital de giro mínimo, estimativas de retorno de investimento (ROI) e payback.
  • Quais são os valores de royalties (percentual/valor) e de taxa de propaganda?
  • Qual o território concedido (exclusividade ou não) para atuação da unidade?
  • Quais são as condições de suporte, treinamento e acompanhamento da franqueadora?
  • Quais são as obrigações de compras mínimas (volume, fornecedores obrigatórios, mix)?
  • Qual o histórico da rede (idade da marca, unidades já em operação, taxa de mortalidade de unidades)?
  • Possibilidade de financiamento ou ajuda para implantação?
  • Panoramas de performance real (indicadores da rede) e quem assume os riscos caso haja queda de performance.
  • Condições de rescisão antecipada: multas, penalidades, passagem de estoque, devolução de direitos.

Considerações importantes para futuros franqueados

Se você está pensando em tornar-se franqueado, há diversos fatores que merecem reflexão cuidadosa. Veja abaixo alguns pontos essenciais:

Avalie a saúde da rede: Antes de entrar, investigue: quantas unidades da rede já existem? Qual o índice de fechamento ou falência de unidades? Qual a média de faturamento por unidade? Uma rede muito nova, sem histórico, pode apresentar maior risco. Segundo dados, no Brasil há cerca de 197.709 unidades de franquias em operação em 2024. Além disso, perceba se a marca está em tendência de crescimento ou declínio.

Entenda o segmento e a localização: Mesmo com uma boa marca, o sucesso dependerá de localização, público-alvo, concorrência local, alcance da marca na cidade ou bairro e da adequação do modelo ao mercado local. Além disso, o segmento importa. Em 2024, os segmentos que mais cresceram foram: Entretenimento e Lazer (+16,6%), Saúde, Beleza e Bem-Estar (+16,5%), Alimentação Food Service (+16,1%). A tendência para 2025 inclui franquias com foco em sustentabilidade, tecnologia, conveniência e serviços.

Leia também: Como as Franquias B2B Estão Remodelando o Sucesso Empresarial no Brasil

Capital necessário e retorno realista: Muitas franqueadoras divulgam valor mínimo para investimento, mas é importante calcular o capital total: taxa de franquia, instalação, equipamentos, capital de giro, prováveis custos fixos nos meses iniciais. Verifique estimativas de payback, mas trate como estimativa (não garantia). Segundo uma cobertura da Associação Brasileira de Franchising (ABF), no Brasil existem franquias com valores a partir de R$ 5.000 para modelos mais acessíveis. Mas isso normalmente significa modelos menores e talvez mais riscos ou menor escala.

Avalie o contrato e as cláusulas: Leia com atenção o Circular de Oferta de Franquia (COF) — obrigatória por lei no Brasil — e o contrato de franquia. Essas peças trazem informações sobre taxas, suporte, obrigações, prazo, exclusividade territorial, histórico da rede, balanço da rede etc. Peça assistência de um advogado especializado em franquias para interpretar cláusulas de exclusividade, royalties, multas, renovação, desligamento do contrato.

Conheça o suporte oferecido pela franqueadora: Quanto mais estruturada e transparente for a franqueadora, maiores as chances de êxito. Verifique se o treinamento é completo, se há consultoria de campo, se há auxílio na escolha de ponto, layout, fornecedores, marketing local. Pergunte franqueados atuais da rede: qual a experiência deles com suporte, quais foram os desafios, qual o tempo médio para atingir o ponto de equilíbrio.

Avalie o risco e tenha plano de contingência: Mesmo franquias bem estruturadas não estão livres de riscos: mudanças de mercado, crise econômica, concorrência, custos elevados etc. O setor de franquias está em expansão, mas ainda sujeito a variáveis econômicas. Por exemplo, a ABF projeta crescimento de 8% a 10% para 2025. Tenha reservas financeiras, plano de marketing, previsões de fluxo de caixa realistas.

Comprometimento e perfil empreendedor: Ser franqueado exige dedicação, mesmo que o modelo seja estruturado. Você vai lidar com equipe, atendimento ao cliente, operações diárias, estoque, marketing local. Avalie seu perfil: está pronto para liderar, assumir responsabilidades, seguir padrões e inovar onde for necessário (dentro da liberdade permitida pela franqueadora)?

Expansão e potencial de escala: Se o seu objetivo for crescer, verifique se a rede permite multi-unidades ou master franquia, quais são os critérios para isso, se há suporte para essa expansão, se há territórios disponíveis. Uma franquia pode ser o primeiro passo para um negócio maior.

Acompanhe tendências de consumo e mercado: Como dito, segmentos ligados à conveniência, bem-estar, serviços e tecnologia tendem a se destacar. Acompanhar o cenário econômico, taxa de juros, inflação e poder de compra dos consumidores também é importante. A ABF aponta como desafios para 2025: inflação, taxa Selic elevada e volatilidade do câmbio.

Foco no local e execução: Uma grande marca não garante desempenho se o ponto for mal escolhido, se a localidade não tiver demanda ou se a operação for realizada de forma negligente. Inspeção do local, estudo de viabilidade, avaliação do tráfego, custo aluguel/serviços, projeção de vendas — tudo isso faz diferença.


Ser franqueado é uma excelente alternativa para empreender com suporte, marca e modelo estruturado — com muitos benefícios, mas também com responsabilidades importantes. O mercado brasileiro de franquias está em expansão (R$ 273 bi em faturamento em 2024) e tem projeção de crescimento para 2025. Contudo, não basta abrir uma franquia: é necessário avaliar a rede, o contrato, a operação, o capital, o mercado local e o próprio perfil empreendedor.

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