Blog Goobiz
conheça a trajetória do dono da Cacau Show

Dono da Cacau Show: a trajetória de Alexandre Costa

Alexandre Tadeu da Costa, mais conhecido como Alê Costa, é o empresário fundador e dono da Cacau Show, uma das marcas mais reconhecidas do setor de chocolates finos no Brasil. Ele nasceu em São Paulo em 1971, e desde jovem teve contato com o mundo dos negócios, especialmente por meio da mãe, que vendia chocolates.

Ele ganhou visibilidade nacional por transformar um negócio modesto em uma rede de franquias com milhares de unidades. Em 2024, a Cacau Show já possuía mais de 3,7 mil lojas em centenas de municípios brasileiros. Seu patrimônio líquido, segundo estimativas públicas, está na faixa de R$ 2,2 bilhões.

Mesmo quando jovem, Alê demonstrou perfil empreendedor, vendeu chocolates de porta em porta e aproveitou oportunidades que muitos não viriam a enxergar. Essa capacidade de enxergar o fio da meada nos mercados emergentes ajudou a moldar a marca como conhecemos hoje.

Leia também: Franquia Cacau Show: tudo sobre uma das maiores do Brasil

A trajetória do empresário

A história de Alê Costa é marcada por riscos calculados, superação e crescimento contínuo:

  • Quando tinha cerca de 17 anos, Alê pediu um empréstimo de US$ 500 (ou valor equivalente) a um tio para comprar matéria-prima e moldes de chocolate. Com isso, ele começou a produzir ovos de Páscoa;
  • Na Páscoa de 1988, ele aceitou uma encomenda de 2.000 ovos de 50 g, algo que o fornecedor original declarou incapaz de entregar. Em vez de cancelar, ele decidiu produzir tudo sozinho, investiu tempo e trabalho intenso;
  • Ele começou vendendo diretamente em bairros e por meio de revendedores. Com o faturamento desse primeiro trabalho, foi possível dar continuidade ao negócio;
  • Nos anos seguintes, expandiu com cautela, abrindo lojas, estruturando a produção, e implantando franquias;
  • A primeira loja física foi aberta no início dos anos 2000, em Piracicaba, interior de São Paulo;
  • A rede cresceu rapidamente: em 2008, ultrapassou a empresa americana Rocky Mountain e se tornou a maior rede de lojas de chocolates finos do mundo em número de unidades;
  • Ao longo do tempo, Alê Costa manteve envolvimento ativo como líder, decidindo rumos estratégicos, diversificação de negócios (parques, resorts) e inovação de produtos.

Apesar das riquezas, ele também enfrentou vários desafios: mudanças nos preços do cacau (com aumentos extremos), crises econômicas, concorrência e até incêndios industriais. A própria Cacau Show reconhece dificuldades, como o aumento superior a 300% no preço do cacau e um incêndio na fábrica de Linhares, e afirma que essas adversidades foram enfrentadas com transparência e compromisso.

Cacau Show: história, expansão e participação de Alê Costa

A Cacau Show surgiu em 1988, a partir da iniciativa de Alê Costa em produzir ovos de Páscoa por conta própria, após aceitar uma encomenda que os fornecedores não queriam atender. A ideia era aproveitar um nicho pouco explorado: chocolates artesanais com boa qualidade em escala.

Ele iniciou a produção de modo artesanal e irrestrito, vendendo de porta em porta, com revendedores, e trabalhando arduamente para cumprir compromissos. Esse esforço inicial deu base para a expansão.

Com o sucesso das vendas, Alê optou por padronizar unidades, abrir lojas próprias e montar a estrutura de franquias. Em 2001, a primeira loja padronizada foi inaugurada, e a partir daí houve rápida replicação.

Em 2008, a rede já tinha ultrapassado cifras impressionantes e se consolidado como referência mundial em número de unidades. Ao longo dos anos, a Cacau Show ampliou sua capilaridade: hoje está presente em praticamente todos os estados brasileiros, com milhares de lojas franqueadas.

Além disso, a Cacau Show investe em diversificação: parques temáticos, resorts, hotelaria com temática de chocolate, e o projeto ambicioso Cacau Park, um parque temático de chocolate em desenvolvimento em Itu (SP), com investimento estimado de R$ 2 bilhões.

Expansão e modelo de franquias

A expansão da Cacau Show baseia-se fortemente no modelo de franquias. A rede cresceu de forma acelerada ao replicar o padrão de lojas, padronização de produtos e logística centralizada.

A rede afirma que mais de 50% dos franqueados estão há mais de 7 anos na rede, demonstrando certa fidelidade na relação de parceria. Atualmente, Alê Costa segue ativo como CEO, definindo estratégias de diversificação, aquisições e inovação.


Saiba tudo sobre a franquia Cacau Show no vídeo abaixo:


A polêmica da “seita” e a resposta da Cacau Show

Denúncias e alegações de franqueados

Em 2025, surgiu uma forte polêmica envolvendo denúncias de que a Cacau Show operaria com práticas semelhantes a uma seita interna, com imposições de rituais espirituais, ambiente de controle e punição de franqueados que discordassem da chefia. Franqueados afirmaram que haveria perseguição contra quem discordasse do CEO Alê Costa, e que momentos devocionais, rituais e orações teriam caráter obrigatório ou fortemente incentivado.

Segundo denúncias, em encontros chamados “Rituais do Cacau”, funcionários eram incentivados a participar de cerimônias místicas, com velas e cânticos enquanto seguiam o líder em círculo. A participação, embora oficialmente voluntária, teria pressão social para adesão. Tudo isso foi relatado pelo portal Metrópoles.

Resposta oficial da Cacau Show

Diante da repercussão, a Cacau Show emitiu uma nota oficial afirmando que as acusações são “ataques injustos” e que as publicações que circulam seriam “inverídicas”. Segundo o comunicado, a prática de gratidão no fim de ano seria espontânea, com ambientação de acolhimento e liberdade de crença, e que orações como o “Pai Nosso” seriam voluntárias e respeitadoras da liberdade individual.

Além disso, há registros de que uma loja franqueada que denunciou oficialmente teria sido fechada pela empresa. A nota da Cacau Show cita que a rescisão de contrato ocorreu “nos termos da cláusula 6.4”, alegando que a tentativa de venda da loja foi frustrada e que não mais haveria interesse em continuar o relacionamento contratual.

“A gratidão no fim de ano é uma prática espontânea, marcada por acolhimento e liberdade. A oração do ‘Pai Nosso’, quando feita, é voluntária e respeitosa à liberdade de crença” — trecho do comunicado oficial da Cacau Show.

Apesar disso, a polêmica gerou investigação: o Ministério Público do Trabalho em São Paulo abriu inquérito para apurar as denúncias de assédio moral e possíveis práticas abusivas internas.

Lições para aprender com o dono da Cacau Show (Alê Costa)

Apesar das polêmicas recentes, a trajetória do dono da Cacau Show oferece muitas lições para empreendedores, gestores e líderes. Mesmo em meio a controvérsias, é possível extrair aprendizados valiosos:

  1. Visão e coragem para começar pequeno: Alê iniciou com recursos modestos (US$ 500), enfrentando desafios e adaptando-se. A lição é clara: não é preciso começar grande, mas sim começar certo.
  2. Comprometimento com o cliente e entrega: Ele honrou pedidos difíceis quando fornecedores recusaram e construiu reputação ao garantir produtos. Isso construiu confiança e permitiu escalar.
  3. Inovação contínua e diversificação: A Cacau Show não ficou parada no chocolate tradicional: investiu em resorts temáticos, aquisições de parques, e projetos como Cacau Park para expandir o universo de marca.
  4. Capacidade de adaptação nos momentos de crise: Diante de crises (aumento de preço do cacau, incêndios, inflação), a empresa pode ajustar estratégias, negociar fornecedores e reforçar comunicação com a rede.
  5. Importância da governança, transparência e responsabilidade: Os eventos recentes sobre polêmicas evidenciam que uma marca forte precisa ter bases éticas, contratuais e relacionais bem estruturadas. A gestão deve estar atenta a denúncias, comunicação e respeito aos colaboradores e franqueados.
  6. Sustentabilidade de rede: Ao manter relação de longo prazo com franqueados (mais de metade permanece mais de 7 anos, segundo a empresa), mostra que a sustentabilidade da rede é tão importante quanto crescimento.
  7. Cautela com imagem e cultura: A polêmica da “seita” serve como alerta de que práticas culturais internas, embora tenham boas intenções para muitos, precisam ser transparentes, voluntárias e respeitar a crença individual. Caso contrário, podem gerar danos reputacionais graves.

Veja abaixo mais detalhes sobre a história da marca nesta entrevista exclusiva com Arlan Roque, um dos braços direitos do dono da Cacau Show e gerente executivo de expansão da rede:

Como você pode ver, a história de Alexandre Costa, o dono da Cacau Show, é uma verdadeira inspiração para empreendedores. Sua jornada desde os modestos começos como um jovem revendedor de chocolates até a criação da maior rede de chocolates finos do mundo é um testemunho do poder da determinação, paixão e inovação.

Sua capacidade de superar desafios e transformar sua visão em uma marca de sucesso é um exemplo a ser seguido.

Inspire-se e dê o primeiro passo rumo ao sucesso empresarial, escolha seu negócio no portal da Goobiz:

Adicionar comentário